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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Como Cristo Cumpriu e Acabou com o Regime do Antigo Testamento


Por John Piper

A glória de Jesus Cristo brilha ainda mais claramente quando O vemos em sua relação apropriada com o Antigo Testamento. Ele tem uma relação magnificente com tudo o que foi escrito. Não é surpresa que este seja o caso, pois Ele é chamado de a Palavra de Deus encarnada (João 1:14). Não seria a Palavra de Deus encarnada a soma e a consumação da Palavra de Deus escrita? Considere estas breves declarações e os textos que as suportam.

1. Toda a Escritura testemunha de Cristo. Moisés escreveu sobre Cristo.

João 5:39, 46: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele.

2. Toda a Escritura é sobre Jesus Cristo, mesmo quando não há uma predição explícita. Isto é, há uma plenitude de implicação em toda a Escritura que aponta para Cristo e que foi satisfeita somente quando Ele veio e realizou a Sua obra. “O significado de toda a Escritura é desvendado pela morte e pela ressurreição de Jesus”
(Graeme Goldsworthy, Pregando a Bíblia Toda como Escritura Cristã, p. 54)

Lucas 24:27: E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.

3. Jesus veio para cumprir o que estava escrito na Lei e nos Profetas. Tudo deles apontava para Ele, mesmo onde não havia algo explicitamente profético. Ele cumpriu o que a Lei requeria.


Mateus 5:17-18: Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.

4. Todas as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas em Jesus Cristo. Isto é, quando você tem Cristo, mais cedo ou mais tarde você terá tanto o próprio Cristo como tudo mais que Deus prometeu através de Cristo.


2 Coríntios 1:20: Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós.

5. A lei foi guardada perfeitamente por Cristo. E todas suas penalidades contra o povo de Deus, um povo pecador, foram derramadas sobre Cristo. Portanto, a lei, agora, manifestadamente não é o caminho para justiça; Cristo é. O objetivo último da lei é que possamos olhar para Cristo, e não guardar a lei, para a nossa justiça.

Romanos 10:4: Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.

 Portanto, com a vinda de Cristo, virtualmente, tudo foi mudado:

1.      Os sacrifícios de sangue cessaram, pois Cristo cumpriu tudo para o que eles estavam apontando. Ele foi o sacrifício final, irrepetível, pelos pecados. Hebreus 9:12: “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”.

2.      O sacerdócio que ficava entre o adorador e Deus não existe mais. Hebreus 7:23-24: “ E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer. Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo”.

3.      O templo físico cessou de ser o centro geográfico da adoração. Agora, o próprio Cristo é o centro da adoração. Ele é o “lugar”, a “tenda” e o “templo” onde encontramos Deus. Portanto, o Cristianismo não tem centro geográfico, nem em Meca, nem em Jerusalém. João 4:21-23: “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai...Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. João 2:19-21: “Derribai este templo, e em três dias o levantarei...Mas ele falava do templo do seu corpo”. Mateus 18:20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”.

4.      As leis alimentícias, que colocavam Israel aparte das nações, foram cumpridas e acabadas em Cristo. Marcos 7:18-19: “E ele [Jesus] disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não entra no seu coração, mas no ventre, e é lançado fora?... (Assim declarou puros todos os alimentos)”.

5.      O estabelecimento da lei civil sobre a base de um povo etnicamente fixado, que foi diretamente ordenada por Deus, cessou. O povo de Deus não é mais um corpo político unificado ou um grupo étnico ou um estado-nação, mas são peregrinos e forasteiros entre todos os grupos étnicos e Estados. Portanto, a vontade de Deus para os Estados não deve ser tomada diretamente da ordem teocrática do Antigo Testamento, mas deve ser agora restabelecida de lugar para lugar e de tempo para tempo, pelos meios que correspondam ao governo soberano de Deus sobre todos os povos, e que correspondam ao fato de que a genuína obediência, enraizada como ela é na fé em Cristo, não pode ser coagida pela lei. O Estado é, portanto, fundamentado em Deus, mas não expressivo da regra imediata de Deus. Romanos 13:1: “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus”. João 18:36: “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos”.


Adoremos a maravilha de Cristo que desencadeou essas mudanças massivas no mundo.

 



Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 25 de Fevereiro de 2005.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A Inigualável Paixão de Jesus Cristo

por John Piper
 

Se os cristãos não fossem tão familiarizados com estas coisas, devido aos 2000 anos de tradição e liturgia, eles poderiam sentir quão absolutamente improvável seria que a morte de Jesus se tornasse a base de uma fé mundialmente transformadora. Como poderia um convicto, condenado e executado pretendente ao trono de Roma desencadear, nos três séculos seguintes, um poder para sofrer e para amar, que modelaria o império?
A resposta cristã é que a paixão de Jesus Cristo foi absolutamente única, e sua ressurreição dentre os mortos, três dias após, foi um ato de Deus para confirmar o que sua morte consumou. A singularidade não está necessariamente no tamanho ou intensidade da dor física. Ela foi inefavelmente terrível. Mas eu não gostaria de minimizar os horrores de outros que também morreram horrivelmente. A singularidade descansa em outro lugar.

Divindade Inigualável


A paixão de Jesus Cristo foi única porque ele era único. Quando perguntado “És tu o Cristo [=Messias], Filho do Deus Bendito[=Deus]?”, Jesus disse “Eu sou”. Era uma afirmação quase inacreditável. Esperava-se que o Messias fosse poderoso e glorioso. Mas ali estava Jesus, pronto para ser crucificado, dizendo abertamente o que ele freqüentemente apontava durante seu ministério: Eu sou o Messias, o Rei de Israel . Ele falou abertamente no exato momento em que havia menos chances de ser acreditado. E então, ele adiciona palavras que explicam como um Cristo crucificado reinaria como Rei de Israel: “Vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu” (Marcos 14.62). Em outras palavras, ele espera reinar à direita de Deus e algum dia voltar à Terra em glória.
Ele era mais que um mero homem. Não menos. Ele era, como o antigo Credo de Nicéia diz: “verdadeiro Deus de verdadeiro Deus”. Cristo existia antes da criação. Ele é co-eterno com Deus o Pai. Ele não foi criado. Não houve um ponto quando ele não existia. Desde a eternidade, antes do princípio dos séculos, Deus existe com uma essência divina em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Este é o testemunho daqueles que o conheciam e escreveram textos inspirados por Ele para explicar quem Ele é.
Por exemplo, o apóstolo João refere-se a Cristo como o “Verbo” e escreve:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.1-3,14)
O próprio Jesus disse coisas que só fazem sentido se ele fosse ao mesmo tempo Deus e homem. Por exemplo, ele perdoou pecados: “Filho, perdoados estão os teus pecados” (Marcos 2.5). Este tipo de atitude foi o que finalmente o matou. A resposta furiosa era compreensível: “Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (Marcos 2.7).
É uma reação compreensível. C.S. Lewis, o professor britânico que escreveu clássicos infantis e excelentes defesas do Cristianismo, explica: “Se alguém me rouba dois quilos numa balança, pode ser possível e é razoável para eu dizer: ‘Bem, eu perdôo ele, nós não falaremos mais sobre isso'. O que você diria, se alguém tivesse roubado de você os dois quilos, e eu dissesse: ‘Está tudo bem. Eu o perdôo'?” [1] . Pecado é pecado porque é contra Deus. Se Jesus não era um lunático, então ele perdoou pecados contra Deus porque ele era Deus.
Isto é o que suas palavras e ações apontavam. Uma vez ele disse: “Eu e o Pai somos um”, o que quase o levou a ser apedrejado (João 10.30-31). Em outra ocasião, ele diz: “antes que Abraão existisse, Eu sou” (João 8.58). As palavras “Eu sou” não sinalizam apenas sua existência antes de Abraão, que viveu 2000 anos antes, mas também se referem ao nome que Deus deu a si mesmo no Antigo Testamento. “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3.14).
Jesus previu sua própria traição como se soubesse o futuro tanto quanto o passado, e então explicou o que isto significava com outra afirmação assustadora: “Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou” (João 13.19). Jesus era o “EU SOU” – o Deus de Israel, o Senhor do Universo em forma humana. Este é o porquê a sua paixão é sem paralelos. Somente a morte do divino Filho de Deus poderia consumar o que Deus pretendia fazer por esta morte.


Inocência Inigualável
A paixão de Cristo também foi única porque ele era totalmente inocente. Não apenas inocente dos crimes de blasfêmia e rebelião, mas de todo pecado. Ele perguntou certa vez aos seus inimigos: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8.46). O que quer que pensassem, eles sabiam que não havia nada contra Jesus. Seu discípulo, Pedro, que sabia seu próprio pecado tão bem, disse que a morte de Jesus foi a morte “de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1.19). A recusa de Jesus em lutar contra a forma como ele foi injustamente condenado e morto fortaleceu a convicção de seus seguidores de que ele era sem pecado.
Pedro expressou isto depois: “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (1 Pedro 2.22-23). A razão da morte de Jesus levar todos os sacrifícios judaicos de animais a um fim é que ele se tornou o próprio sacrifício definitivo e “se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus” (Hebreus 9.14). Sua morte foi inigualável porque ele não tinha pecado.


Desígnio Inigualável
A paixão de Cristo foi sem paralelos na história humana porque ela foi planejada e predestinada por Deus, para nossa salvação. Apesar de toda a controvérsia sobre quem realmente matou Jesus, a verdade mais profunda é: Foi Deus quem planejou e viu o que iria acontecer. Quando os terríveis eventos aconteciam na noite antes dele morrer, Jesus disse, “Tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas” (Mateus 26.56). Todos os detalhes, desde o fato de terem lançado sortes por suas vestes (João 19.24) e ser perfurado por uma lança, ao contrário de quebrarem suas pernas (João 19.36) – tudo isto foi planejado pelo Pai e predito nas Escrituras.
A igreja primitiva resumiu isto em sua pregação: “Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer” (Atos 4.27-28). A verdade de que Deus enviou seu Filho para morrer é central ao cristianismo. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). A morte de Jesus foi única porque havia um único Filho e um único plano divino para salvação.


Autoridade Inigualável na Morte
A paixão de Cristo foi única também porque Jesus não somente se submeteu desejosamente ao plano de seu Pai (“Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” Lucas 22.42); ele também o abraçou e prosseguiu por sua própria autoridade divina. Uma das mais emocionantes palavras ditas por Jesus foi sobre sua morte e ressurreição: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.17-18). Ninguém jamais falou sobre sua vida e morte desta forma. O grande testemunho do Novo Testamento é que a controvérsia sobre quem matou Jesus é irrelevante. Ele escolheu morrer. Seu Pai ordenou. Ele aceitou. Um ordenou todas as coisas, o outro obedeceu. A autoridade estava nas mãos de Deus. E estava nas mãos de Jesus. Porque Jesus é Deus.


Significado Inigualável para o Mundo
Finalmente, a paixão de Cristo foi inigualável porque foi acompanhada de eventos únicos, cheios de significado para o mundo. Primeiro, temos as palavras de incomparável amor e autoridade na cruz. Nenhum homem crucificado, morrendo em agonia, falaria como Cristo. Um dos ladrões, que estava crucificado com Jesus, finalmente arrependeu-se e disse, desesperadamente: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Que momento para ver um reino ser estabelecido! Jesus não o corrigiu. Ao contrário, ele disse “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Esta era a voz de quem decide onde os ladrões passarão a eternidade.
O ladrão não foi o único que recebeu a misericórdia de Cristo enquanto ele morria. Jesus olhou para aqueles que o crucificaram e disse “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Eles poderiam fazê-lo sangrar e gritar, mas não poderiam fazê-lo odiar.
E quando o momento de sua morte estava próximo, Jesus gritou “Está consumado!” e, inclinando a cabeça, entregou o espírito (João 19.30). Com essas palavras, ele quis dizer mais que “minha vida acabou”. Ele quis dizer “cumpri plenamente o trabalho redentor que meu Pai me enviou para fazer”. Uma vida inteira de obediência imaculada a Deus, seguida de um sofrimento horrendo e morte – o motivo pelo qual ele veio. Estava consumado.
O significado do que ele consumou foi simbolizado por um surpreendente evento em Jerusalém. No lugar santíssimo do templo judeu, onde somente o sumo-sacerdote poderia ir e encontrar Deus uma vez por ano, a cortina se rasgou quando Jesus morreu. “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus 27.50-51). O significado disto: quando Jesus morreu – quando sua carne foi rasgada – Deus rasgou (de alto a baixo) a cortina que separava as pessoas ordinárias de Si mesmo. A morte de Jesus abriu o caminho para o mundo ter uma íntima, santa, pessoal, perdoada e alegre comunhão com Deus. Nenhum mediador humano é necessário. Jesus abriu o caminho para o acesso direto a Deus. Ele se tornou o único Mediador necessário entre os homens e Deus. A igreja primitiva disse “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne... Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé”. (Hebreus 10.19-22).


Cumprimento Inigualável
O trabalho de redenção foi terminado. O preço da reconciliação entre Deus e o homem foi pago. Agora somente restava a Deus confirmar a consumação ressuscitando Jesus dos mortos. Esta é a forma que Jesus predisse e planejou. Mais de uma vez, ele disse: “Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará” (Lucas 18.31-33).
Aconteceu três dias depois (partes de dias são consideradas como dias: Sexta, Sábado e Domingo). No começo da manhã de domingo ele se levantou dos mortos. Por quarenta dias apareceu numerosas vezes aos discípulos antes de sua ascensão ao céu. O médico Lucas, que escreveu o livro que leva seu nome, disse que “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus” (Atos 1.3).
Os discípulos demoraram a crer no que realmente havia acontecido. Não havia precedentes. Eles eram pescadores terrenos. Eles sabiam que pessoas não se levantam dos mortos. Ao ponto de Jesus insistir em comer peixe para provar-lhes que não era um fantasma.
“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou, e comeu diante deles.” (Lucas 24.39-43).
Não foi a ressurreição de um cadáver. Foi a ressurreição do Deus-Homem, para uma indestrutível nova vida de majestade à destra de Deus. A igreja primitiva o aclamou como Senhor do Céu e da Terra. Eles diziam “Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3). Jesus terminou o trabalho inigualável que Deus lhe deu para fazer, e a ressurreição foi a prova de que Deus ficou satisfeito.


NOTAS:
[1] - C. S. Lewis, “What Are We to Make of Jesus Christ?” em C. S. Lewis: Essay Collection and Other Short Pieces, ed. Lesley Walmsley (London : HarperCollins, 2000), 39