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terça-feira, 23 de outubro de 2012

EM BUSCA DE UMA LIBERDADE ALCANÇADA ATRAVÉS DA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS

   
  Mas o que é a liberdade? É ter as mãos livres para fazer mal ao semelhante? Para infamar, para caluniar uma comunidade, uma família? Não! Isso seria o mal estabelecido. A liberdade tem de ser iluminada pelo coração que ama, respeitando-se a Justiça que provém de Deus. Isso é que é moral, justo! Todavia, para que essa concepção possa, na verdade, viver, edificando pessoas, um líder terá que procurar a compreensão do que seja realmente a Lei Divina. Compreensão essa que muitos líderes tentam encontrar, mas infelizmente não conseguem. Lutero em um de seus escritos fala de uma liberdade cristã, liberdade essa partilhada pela fé no Cristo, liberdade essa descrita também por Paulo em sua carta aos Coríntios: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos...” Ser cristão é ser escravo das boas obras, não para seu próprio benefício, mas sim para engrandecimento da obra de Deus, que é o único á ser adorado.  A liberdade de tudo o que escraviza faz com que lideres vivam a liberdade para o exercício da solidariedade e a prática da justiça. É a fé no Cristo que faz um líder receber a graça de poder também produzir frutos de gratidão e se tornar um líder livre e atuante em obras de amor. A vivência da fé na prática do amor como gesto de gratidão, livre e desinteressado, torna-se marca de um modelo de liderança de ser. O ser livre se dá na fé, no servir, no amor.
A liberdade é boa, mas trás com ela a responsabilidade, um modelo de liderança centrado no Cristo nos mostra uma liderança em busca de muitos desafios. Esse líder tem que buscar a sua espiritualidade no mais profundo extremo de Deus, passando por uma experiência única de fé, e consequentemente deixando-se transbordar de amor ao próximo. Visando não somente encher a igreja de “fieis”, encher a igreja de cristãos, mas sim também, encher a mesa dos que necessitam de alimento, dar sustento a quem tem fome, ajudar aos que não tem onde dormir, dar cobertor á quem tem frio,... Os lideres cristãos também podem exercitar a sua cidadania de forma livre sem a tutela eclesiástica, participando de movimentos sociais, entidades, organizações da sociedade civil, partidos políticos, vida parlamentar e administração pública, fazendo um diferencial nessas organizações. Essa mesma liberdade faz com líderes se incluam em grupos, movimentos e comunidades, participando de organismos ecumênicos e organizações inter-denominacionais com o fim de testemunhar em palavras e ações os valores do reino de Deus na sociedade e no mundo, a final, “o que estamos vivendo hoje, são escolhas de ontem, para mudar o amanhã algo deverá ser feito hoje. Não reclamando ou se preocupando do momento desfavorável porque eles viram com certeza, mas buscando o equilíbrio em Deus. Plante boas coisas, jogue sua semente na superfície, pois quando precisar de uma sombra, um alimento, uma flor... poderá encontra-lo”.
Assim, Lutero termina o seu texto sobre a liberdade cristã: “De tudo isso se conclui que um cristão não vive em si mesmo, mas em Cristo e em seu próximo; em Cristo por meio da fé, e no próximo por meio do amor; por meio da fé, ele ascende para Deus; de Deus, ele desce novamente por meio do amor, mas permanece sempre em Deus e no amor divino, conforme Cristo diz em João 1.51: ‘Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem’. Ora, é essa a verdadeira liberdade espiritual cristã que liberta o coração de todos os pecados, leis e mandamentos e que supera qualquer outra liberdade, tal como o céu supera a terra. Que Deus nos permita compreendê-la e conservá-la. Amém.
 Referência: Haroldo Segura C., Além da Utopia, Liderança Servidora e Espiritualidade Cristã
Artigo escrito para conclusão da disciplina Liderança Comunitária, Ms. Clemir Fernandes, do curso de Bacharel em Teologia, FATERJ/2012.1

domingo, 12 de agosto de 2012

Livros Sapienciais e Poéticos

            Um sábio é uma pessoa comum, que possui preocupações diárias.
            Os sábios de Israel referem-se á um grupo diferenciado de pessoas, que vai desde um simples educador até um filósofo ou teólogo, passando-se até por conselheiros da corte, movendo-se por ambientes elevados da sociedade. Podendo se elevar a níveis teóricos, com relação a temáticas como: a origem da natureza, o problema do mal, o sentido da existência e da atividade humana (p.271).
            Mais ao mesmo tempo podemos perceber que não é em bibliotecas com livros teóricos que podemos encontrar respostas para todos os problemas, mas sim na experiência humana, iluminada pela fé, experiência essa, como forma de sabedoria, que é passada de pai pra filho, com o passar dos anos (Pr.5.1).
            O sábio de Israel se funde á partir de experiências vividas através de contatos com povos vizinhos como: egípcios, babilônios e os gregos. Por esse motivo o autor eclesiástico se diz viajar por países estrangeiros provando o bem e o mal dos homens, admitindo uma nova experiência e conhecimento.
            O sábio de Israel é um homem profundamente religioso pois ele acredita que toda a sabedoria vem de Deus. E tem como prova o famoso rei Salomão. Sabedoria essa que vem através da busca intensa de Deus, que irá enchê-lo do espírito de inteligência (Eclo. 39.6).
            O texto Eclesiástico (39. 1-11), relata a importância de um escriba-sábio para a época, pois é através dele que se conservam e se transmitem os escritos bíblicos, como a história e a sabedoria do povo de Deus. E com esse relato podemos observar a evolução da sabedoria dentro do povo de Israel, que pode ser distinguida por Marböck em quatro etapas: humanismo internacional, humanismo salomânico e a sabedoria mais antiga de Israel, a crise da sabedoria em Jó e Eclesiastes, e a unidade da realidade na sabedoria posterior (p.273-283).
            No capítulo XVIII, O livro de Jó, o autor pretende introduzir uma das obras mais apaixonantes da literatura sapiencial. E faz uma entrevista com o autor do livro, onde levanta várias questões como: o problema do mal, o reconhecimento de Jó como pecador, a blasfêmia, os discursos de Deus, o silêncio de Deus, até a recompensa em dobro no final (p.285-295). E logo após faz um desenvolvimento do livro de Jó, como uma forma de estrutura global, que se divide em: introdução e em prosa (c.1-2), Jô e os amigos, Jô, Eliú e Deus (p. 296-299).
            No capítulo XIX, Incursão pela poesia de Israel, segundo o autor merece muita atenção, para podermos nos deliciar com as poesias que muitas vezes se perdem nas traduções, mais é através de sábios e poetas que conseguimos entrar em contato com ela.
            O autor sito poemas breves, como: o cântico de guerra e de vingança de Lamec (Gn.4.23-24), as súplicas de Nm 10.35-36, o Cântico do poço em Nm 21.17-18, etc. Dizendo que há outros poemas mais amplos, e há uma dificuldade de datá-los e situá-los, pois há discordância entre os autores. O autor relata que o único caso que se tem uma unanimidade é o Cântico de Débora (Jz 5), que se relaciona com as bênçãos de Jacó (Gn 49), o canto de Míriam (Ex 15-21), os Oráculos de Balaão (Nm 23.7-10, 18-24; 34.3-9; 15-24), e alguns Salmos (29, 68 e 104).
            Não como falar de poesia mais antiga de Israel sem citar o primeiro grande poeta, o rei Davi, um homem que a bíblia relata suas qualidades poéticas e musicais (ISm 16-15s), e autor de vários capítulos do Livro de Salmos.
            O autor dá um grande salto para As Lamentações, a queda de Jerusalém, o desaparecimento da monarquia, o incêndio do templo e suas muralhas, o exílio, como forma de acontecimentos trágicos. O livro das Lamentações é o que mais retrata a profunda tristeza da época. Livro atribuído ao profeta Jeremias, mais seu conteúdo e forma literária não confirmam essa informação, discutindo-se também o lugar da composição, e sua data. O autor faz uma análise das estrofes do livro baseando-se nas 22 letras do alfabeto (p.303).
            Em Os Salmos, há uma composição poética mais famosa de Israel. E é até hoje expressada em nossas vidas, através de canções atuais, orações á Deus. E o autor diz que nós usamos de uma forma monotonamente e quase sem sentido, em todas as nossas liturgias.
            A palavra Salmos vem do grego psalmos, traduzido para o hebraico mizmor, que quer dizer “canto”. Muitos capítulos dos Salmos têm notas introdutórias, falando do autor, a ocasião, o gênero literário, dando também indicações musicais para seu uso. Há as divisões do Saltério: Saltério de Davi, Saltério Eloísta, que o autor detalha e coloca seus respectivos endereços (p.305).
            Os gêneros literários são três: os hinos, as lamentações e súplicas, ação de graças.
            O autor fez uma análise detalhada do que seriam os livros sapienciais e poéticos. Deixando-me ainda mais apaixonada pelos estudos teológicos. Afinal eles fazem e farão parte da minha vida, do meu ministério.
Por Sem. Liana Costa

Resumo das p. 266-307, Introdução ao A.T., de José Luis Sicre.               Ciências Bíblicas I do curso de Bacharel em Teologia. Prof. Ms.Marcio Simão de Vasconcellos FATERJ 2011.1

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

“JESUS PERDOA O PECADO DE UM PARALÍTICO” Lucas 5: 17-26


INTRODUÇÃO

               Em uma cidade do sul do Brasil, havia um casal que casara-se recentemente.Chamavam-se Lilian e Moisés. Pouco tempo depois, Lilian ficou grávida, dando a luz a Ana. Com o passar dos anos, notaram que Aninha era diferente.  Quando a levaram ao médico puderam descobrir que Aninha era portadora de Paralisia cerebral, e devido a essa enfermidade tinha muita dificuldade para andar. E em pouco tempo, só se locomovia com cadeira de rodas, apesar de todo o tratamento que passou a receber para sua reabilitação. Mas mesmo assim, com toda a dificuldade, seus pais não a abandonaram.

 F.L: Na lição bíblica de hoje, nós vamos estudar a história de um homem que também tinha um grave problema, ele era paralítico, e por isso também precisava da ajuda das pessoas.

Andamento


1. Jesus estava ensinando em uma casa em Cafarnaum (Vs 17);

2. E a virtude do senhor estava com ele para curar (Vs 17)

3. Fariseus e Mestres da Lei ouviam Jesus (Vs 17)

4. Alguns homens trouxeram um paralítico em uma cama (Vs 18)

 F.L: Seu coração deveria estar muito triste, pois ninguém poderia curá-lo. Nosso coração também fica muito triste por causa do nosso pecado.

PROBLEMA: Pecado crianças, é tudo aquilo que nós fazemos, falamos, ou pensamos que não agrada a Deus. Ex: Falar palavrão..., na bíblia, está escrito que todos pecaram e carecem da glória de Deus ( Rm 3:23) .Isso significa que já nascemos pecadores, e por isso somos separados de Deus, e devemos ser castigados, e isso é muito triste.

 F.L: É, realmente o coração do paralítico deveria estar muito triste com aquela situação.

 5. Eles procuram fazê-lo entrar e colocá-lo diante de Jesus (Vs 18);

6. Havia uma grande multidão (Vs 19);

7. E não achando por onde entrar, subiram o paralítico ao eirado (Vs 19);

ENSINO: Deve ter sido muito difícil carregar aquele paralítico, com cama e tudo, mas seus amigos nem pensaram na dificuldade, e no peso que iriam carregar, pois seus amigos só pensaram em ajudar aquele paralítico. Eu quero incentivar a você criança, a ajudar também um amigo, orando por ele, dizendo para ele que só existe um salvador e amigo em quem podemos confiar. Você deve mostrar o amor que Deus tem por você a um amigo.

 8. E baixaram a cama até o meio do lugar onde Jesus se encontrava (Vs 19);

9. Jesus percebendo sua fé, perdoou todos os seus pecados (Vs 20)

 F.L: Jesus amava aquele paralítico
 O AMOR DE DEUS: Jesus ama você também, Jesus é o perfeito filho de Deus. Vocês sabem quem é Deus?

Na bíblia, em João 3:16, está escrito. Por que Deus amou o mundo... Deus também ama muito você, cada criança seja de qualquer idade, cor de olhos... Deus ama você de qualquer maneira. E porque ele te ama ele te criou, te fez, fez a seus pais. Ele criou o mundo e tudo mo que nele há, o sol, a lua, as estrelas... Deus é perfeito, santo, e ele mora lá no céu.

 F.L: Como Jesus te ama, ele também amava aquele paralítico, e por isso mostrou todo o seu amor, purificando-o de todo o pecado.

10. Os escribas e fariseus ficaram arrazoando, quanto ao perdão que Jesus deu para o paralítico, e acusaram Jesus de blasfêmia. (Vs 21).

11. Mas Jesus, que conhece seus pensamentos, questionou-os (Vs 22);

12.  E disse que o filho do homem tem poder sobre a Terra para perdoar pecados ( Vs 24);

13. Então disse Jesus: Levanta-te e anda (Vs 24);

 F.L: Jesus estava ali para satisfazer a necessidade daquele paralítico. Ele também veio ao mundo para satisfazer as suas necessidades.

SOLUÇAO: Jesus veio ao mundo para nos purificar de todos os nossos pecados. Ele nasceu como bebê, cresceu, se tornou homem, mas um homem diferente, porque ele é o perfeito filho de Deus, sem pecado. Ele veio ao mundo para tomar o nosso castigo. Na bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22b). Jesus derramou todo o seu sangue lá na cruz para nos salvar. Mas ele não ficou morto. Ao terceiro dia ele ressuscitou, e mora lá no céu com Deus.

F.L: Jesus naquele momento mostrou que ele tinha poder também para curar aquele paralítico.

14. O paralítico levantou, tomou sua cama e foi para casa (Vs 25);

Clímax

           Jesus realmente curou aquele homem, e perdoou os seus pecados. Imaginem, ele levantou, e estava andando, pois tinha sido perdoado dos seus pecados.

 Conclusão


            E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus (Vs 26);

 F.L: Nesse momento eu quero convidar a você criança, se identificou com a necessidade do paralítico e também tem uma necessidade de ter os seus pecados perdoados

 Apelo
 
 Jesus Cristo o perfeito filho de Deus, veio ao mundo para satisfazer as nossas necessidades, Jesus, que nasceu, e morreu na cruz, pelos nossos pecados, e que ao terceiro dia ressuscitou. Ele quer que você o receba em seu coração. Na bíblia está escrito em João 1:12, Mas a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem chamados filhos de deus, a saber nos que creram no seu nome.

           Se você acredita. Você vai baixar a sua cabeça neste momento e vai fechar os olhos.

           Você criança, já ouviu falar de Jesus Cristo, mas nunca se sentiu tocado e hoje acredita que Jesus é o seu salvador, deixe ele entrar no seu coração. Faça isso agora? A tia vai te ajudar a dizer pra Jesus que você o recebe, e quer se tornar amigo de Deus. Eu vou orar e vocês vão repetir: Senhor Jesus, eu o recebo agora como meu salvador, me purifique de todo o pecado. Eu acredito que o Senhor morreu na cruz por mim. Amém.

           Se você fez essa oração, venha comigo para aquela sala, que eu irei fazer algumas perguntas. Para mostrar o que você pode fazer agora, se tornando filho de Deus.

 Desafio: Eu quero encorajar você criança que creu em Jesus, a passar esse amor para outra criança. Eu vou lhe dar um folheto e você vai entregá-lo para algum colega da escola ou da rua.

HISTÓRIA DAS FITAS(INFANTIL)LIVRO SEM PALAVRAS!

Base Bíblica: II Timóteo 3:15
Para ilustrar a vida de três pessoas, você deve adquirir as seguintes fitas de 5 cm de largura.
240 cm de fita preta
50 cm de fita vermelha
40 cm de fita branca
100 cm de fita verde
40 cm de fita amarela
  • A vida de Jorge é ilustrada com uma fita preta de 150 cm.
  • Para a vida de João tenha uma fita unindo as seguintes cores: 70 cm de preto, 30 cm de vermelha,  20cm de branca, 20 cm de verde e 20 cm de amarela.
  • A vida de Paulinho é ilustrada com uma fita composta das seguintes cores: 20 cm de preta, 20 cm de vermelha, 20 cm de branca, 80 cm de verde e 20 de amarela.
 Enrole cada fita de maneira que a cor preta fique para o lado de fora. Não mostre as crianças no início do culto. Ao contar a ilustração, segure a fita enrolada, uma de cada vez de acordo com a vida que vai descrevendo, na mão esquerda. Com a mão direita, vá puxando e desenrolando a fita, mostrando as cores de acordo com os acontecimentos.
Introdução: Alguma vez vocês já ouviram alguma fita falar? Não? Pois hoje eu vou mostrar pra vocês algumas fitas coloridas que vão nos contar a vida de três pessoas: o Sr. Jorge, o Sr. João e o Paulinho.
 Primeiro vou falar do Sr. Jorge.
Desde pequeno o Jorge foi um menino muito perverso, muito mal. (Comece a desenrolar e a mostrar a fita preta, e continue mostrando pedaço a pedaço enquanto conta sobre Jorge).  Ele maltratava os animais, desobedecia aos pais, fugia das aulas, quebrava vidraças e batia nos colegas. E à medida que o tempo passava, a semente do pecado ia criando raízes profundas no seu coração. Quando ficou moço, continuou no pecado: fumava, jogava, dançava e se embriagava. Sua vida era negra como esta fita. Para ele esta vida parecia muito boa.  Fazia o que queria sem dar satisfação a ninguém. Quando se casou, coitada da mulher, apanhou dele muitas vezes, Jorge  constantemente chegava bêbado em casa. Na rua xingava as crianças e dizia palavrões. Sr. Jorge não temia a Deus e nem respeitava ninguém.  Mas um dia... Houve um desastre de automóvel e Jorge morreu (jogar a fita no chão). Para onde vocês acham que ele foi? Isso mesmo para o inferno. A Bíblia diz que “os perversos serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus...” (Salmos 9:17) Que coisa triste.
 Agora vejamos outra vida, a do Sr. João. Ele não foi um menino tão mal como o Jorge, mas também foi pecador. (Vá mostrando a fita preta). Às vezes mentia, desobedecia a sua mãe e outras coisas mais. A mãe sempre dizia que Joãozinho era um menino muito bom, e de fato era educado e simpático. O menino João freqüentava a escola bíblica dominical, mas ninguém explicou que ele era pecador. Foi crescendo sem ter recebido a Jesus como Salvador. Como jovem João se afastou da igreja e passou a  andar em más companhias.  Casou-se com uma mossa incrédula. Ele era contador e ia bem nos negócios. Muitas vezes sonegava impostos, e às vezes tomava coquetel com os amigos do trabalho. Quando estava chegando à meia idade, o Sr. João sentiu uma forte dor no peito. Consultando um médico verificou que sofria do coração e que poderia a qualquer instante sofrer um infarto. Com isso ele ficou muito preocupado pois no fundo do coração, bem sabia que não estava em condições de se encontrar com Deus. (Passe a mostrar a fita vermelha). Foi nessa época que caiu em sua mão um folheto que mostrava o caminho da salvação. Ele estava realmente arrependido dos seus pecados, e entendendo que Cristo morreu em seu lugar para salvá-lo e que somente o seu sangue poderia purificar seu coração, confiou no Senhor aceitando a Jesus como seu Salvador pessoal. Jesus veio para o seu coração (mostrar a fita branca) perdoando o seu pecado e dando-lhe nova vida, a vida eterna. (mostre a fita verde).  Agora tudo se transformou para o Sr. João. Sua maior preocupação era servir ao Senhor e agradá-lo em tudo. Infelizmente teve pouco tempo, pois dentro de poucos anos morreu de enfarte como os médicos previram. Quando morreu foi para ...o céu (puxar a fita amarela) O lugar que Jesus tem preparado para aqueles que o recebem como Salvador. (Coloque a fita em cima da mesa).
Agora vamos ver o que as fitas nos contam a respeito de Paulinho. Ele também foi um menino simpático, mas como todos, também fazia coisas erradas. (puxar fita preta). (Falar em voz alta  Romanos 3:23). Ás vezes sua mãe se desesperava com as peraltices do filho. Um dia Paulinho ao brincar na rua, ouviu uma música suave. Descobriu que estavam realizando uma classe de Boas Novas no quintal da casa vizinha. Então resolveu assisti-la junto com outras crianças e gostou muito. Quando a professora disse que todos somos pecadores, Paulinho reconheceu que ele também fazia parte daquilo. Ficou muito alegre ao ouvir que Cristo morreu (puxar fita vermelha) a fim de poder nos levar para o céu. Prontamente o menino abriu o seu coração para Jesus entrar (puxar fita branca), e assim começou uma nova vida para ele (puxar fita verde). A professora o convidou para assistir a Escola Bíblica Dominical no próximo domingo, ele foi e gostou. Logo Pulinho começou a dar testemunho em casa. Sua mãe resolveu acompanhá-lo a igreja Logo sua mãe e sua irmãzinha tornaram-se crentes,  e finalmente seu pai também aceitou a Jesus. Paulinho ganhou vários amiguinhos da escola para Cristo também. Ao ir crescendo sentiu-se chamado para ser pastor, preparou-se para o ministério e serviu ao Senhor durante muitos anos, ganhando muitas almas para Cristo, influenciando muitas vidas, levando as pessoas ao caminho certo. Chegou, afinal, o dia dele partir desse mundo. Paulo agora velho, morreu e foi morar com seu Salvador no céu (puxar fita amarela).
 Três vidas. Qual foi a melhor? Qual iríamos preferir para nossos filhos? Claro que ninguém ia querer que seu filho andasse onde o Sr. Jorge andou.
Vamos escolher então entre as outras duas vidas. (levante as duas fitas)  Qual a melhor das duas? Tanto João como Paulo foram para o céu, não é verdade? Mas a vida de Paulo foi a que mais valeu. Ele recebeu a Cristo ainda menino e teve muito mais tempo para servir ao Senhor.(mostre os pedaços de fita preta, elas tem tamanhos diferentes).
 O apóstolo Paulo escreveu para Timóteo “... desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.” (II Timóteo 3:15)  Comente sobre a vida e serviço de Timóteo.

* Quem alcança uma criança para Cristo, ganha uma alma para o céu, e também uma vida para o serviço de Deus. Será

Áquila e Priscila; exemplo de família dedicada ao serviço cristão


(Atos 18.1-3) “Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto. Lá, encontrou certo judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles. E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas.

 A primeira referência que se tem sobre o casal Áquila e Priscila se encontra nesta passagem. Aqui Paulo se une a eles, e além de trabalharem juntos, anunciavam também juntos a Palavra de Deus. Mais adiante, Paulo sai em uma viagem missionária, e Áquila e Priscila vão com ele, passando pela Síria, Cencréia e chegando a Éfeso. Lá, Paulo deixa o casal e segue viagem. O casal encontra Apolo e o doutrina nas verdades do Evangelho de Cristo, já que este só conhecia o batismo de João. Em outras referências, Áquila e Priscila têm uma Igreja em sua casa. E em três cartas escritas pelo apóstolo Paulo, tem-se a citação do casal. O que nos chama a atenção sobre Áquila e Priscila, não é o desempenho na obra de Deus, não é a ligação que eles mantinham, com Paulo, mas sim, a união do casal. Em todas as referências bíblicas você encontra Áquila e Priscila, ou Priscila e Áquila. Você não encontra os dois separados. E é assim que tem que ser casal.O relacionamento conjugal ou sentimental, deve ser marcado com a presença do casal. Onde um estiver o outro também deve estar. E quando isso não acontecer, as pessoas têm que sentir falta do outro. Isso gera solidez, respeito e comunhão.

Este negócio de que o marido tem as suas coisas, e a esposa as dela. Não dá certo. É certo que as responsabilidades são diferentes, mas quando um não está conseguindo cumprir a sua parte, o outro tem que ajudar. Tem que ter tudo em comum. Eles são uma só carne, uma só pessoa. Aqueles que estão se preparando para casar, já devem alimentar esta forma de agir. Áquila e Priscila viviam assim, com certeza a Igreja que se reunia em sua casa tinha que antes haver a permissão mútua do casal.

Ao homem cabe o governo do lar. Não só no plano material, mas também o educacional, disciplinar e principalmente o espiritual. A Palavra de Deus é tão severa neste ponto, que se o homem não cuida bem de sua casa, não pode cuidar das coisas de Deus: “Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (1ª Timóteo 3.5). Só que, diferente como muitos pensam, o governo não é estabelecido pelo autoritarismo ou machismo, mas sim pelo bom exemplo. O homem no lar e no relacionamento sentimental e conjugal deve ser o exemplo. Suas atitudes devem ser seguidas, e para tanto é necessário sabedoria vinda do alto (de Deus) para ser este bom exemplo.

Á mulher está a responsabilidade de apoio, auxílio, companheirismo. Ela é a coluna que sustenta, que apóia a casa e o bem-estar da mesma. Se ela for falha neste ponto de tornará um peso na vida do marido. Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda” (Provérbios 21.19). E este apoio é pela disposição, pela coragem e pela entrega que ela faz em favor da família e do lar.

O governo é pelo bom exemplo. O apoio é pela dedicação. Se houver estes cuidados unidos ao fato de andarem sempre juntos e terem tudo em comum, o casamento e o relacionamento serão uma grande bênção. Que todos aqueles que são casados, ou que estão se preparando para se casarem , possam tomar como exemplo a unidade de Áquila e Priscila. E que possam ter como base desta nova fase em suas vidas, a Palavra de Deus.

Um dos princípios ensinados por Deus, é a sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Nela encontramos ensinos para todas as áreas que correspondem à nossa vida. Mas conhecer a Palavra não é suficiente, é preciso praticá-la em nossa vida. E essa prática da Palavra de Deus em nossa vida começa quando aceitamos a Jesus Cristo como suficiente Senhor e Salvador.

Todos nós um dia compareceremos diante do tribunal de Deus para a grande prestação de contas dos nossos pensamentos, palavras e atitudes. O Senhor Todo-Poderoso desejará saber como cuidamos da sua maior preciosidade aqui na terra, a família, que é a menina dos seus olhos. Temos tempo e excelentes oportunidades para cuidar muito bem dos nossos entes queridos, devendo fazer tudo com amor, renúncia e misericórdia e conforme as nossas forças. Vivamos em família para a glória e o louvor do nosso bendito e eterno Deus, que diariamente nos fortalece, por meio de Jesus Cristo, Senhor da família.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O ser humano em busca de identidade, Gottfried Brakemeier

O autor relata que a problematização do pecado não é uma casualidade, que acaba designando num simples fracasso social, a derrota na concorrência e na luta pela sobrevivência, podendo ser relacionado também com a falta de fé. Basta negar Deus, para se livrar desse peso?
            Ignorar fenômenos naturais não vai fazê-lo desaparecer, pois o termo pecado se articula na experiência humana, e não em uma invenção religiosa. Pecado implica culpa que necessita de perdão. Resultando em um sentimento pelo qual ninguém quer ser considerado culpado, restando ao homem fugir dessa culpa. O termo pecado tange e sensibiliza profundas dimensões da personalidade humana.
            Pensando pelo lado bíblico podemos dizer que há perdão para nossos pecados, o cristão acredita nisso. Realmente sem perdão o pecado fica meio obscuro de se entender.
            Brakemeier, sita vários fundamentos bíblicos para justificar o que chamamos de pecado, descrito no A.T. como violação do direito divino, comportamento culposo. E, no N.T. mostra um Jesus e sue autores devidamente devedores da teologia do antigo Israel, e da descrição da fonte que emana a desgraça do ser humano.
            Pecado é, antes de mais nada, transgressão do preceito de Deus, mas Adão e Eva no paraíso desrespeitam a vontade de Deus com desobediência, e Jesus Cristo como um segundo Adão em plena obediência.(p.53)
            O autor descreve pecado como uma “gula”, onde serpente estimula o apetite de Adão, da árvore cujos frutos ele não poderia comer. Pecado esse que pode ser manifesto também com idolatria e injustiça de um mundo pagão, podemos ler a história do bezerro de ouro (Ex.32). Pecado tem expressão de vanglória(ICo.4-7).
            Pecado ser expressa em sentimento, palavra e ação, relacionado com ódio, insulto e assassinato. A parábola do Bom Samaritano retrata omissão(Lc.10-25). Pecado é culpa, e causa prejuízos não só na esfera humana, mas na esfera divina, que tem Deus como um Juiz do pecado.
            A origem do pecado e o pecado original pela mitologia antiga atribuem a desgraça aos ciúmes dos deuses, já na tradição judaica cristã há uma rejeição a etiologia dualista de mal. Deus não é responsável pelo pecado, nisto a Bíblia é unânime, muito embora saiba e diga que Deus pode ser o causador de desgraça, como está escrito muito claramente no livro de Jó. Para a Bíblia a origem do pecado está no próprio ser humano, como relata o apostolo Paulo: “Ela está em Adão” (Rm.5-12).
            O autor faz uma análise sobre o mito da queda descrito em Gn3. (p. 58á 60)
            A teologia pegou essa expressão pecado original, que não se trata de uma concepção bíblica e sim de Tertuliano, no século III, desenvolvida e fundada por Agostinho. Descrevendo pecado como hereditário, e não superficial ou acidental, mais afetando a raiz de tudo o que é humano, de profunda corrupção, fugindo do controle humano: o ser humano não só comete pecado, ele é pecador.
            A afirmação do pecado original segura às pessoas na comunhão de gente pecaminosa. Ficando, assim desmascarado a condição de justos e pecadores.
            Ao pecado original corresponde o pecado atual, a réplica do pecado histórico aqui e agora, a cumplicidade com os antepassados, a reprodução da lógica da maldade. O ser humano bom existe de verdade, e ao mesmo tempo pessoas corruptas também podem cometer atos puros de fins humanitários.
            Em conclusão a gravidade do pecado produz uma simbologia como diz o autor, que preferiu não citar palavras como: diabo, demônios, espíritos imundos.
            Para Martin Lutero, teve suas posições definidas no século XVI. Para Lutero todos os pecados são mortais, pois fluem da mesma atitude arrogante do ser humano para com Deus. Definindo o pecado, como um primeiro momento, a negação da fé em Deus, a descrença.
            Paul Tillich, no século XX, atualiza o discurso sobre pecado dizendo que o termo vem da filosofia de G.W.F. Hengel, que recebeu interpretações diversas de seus inspiradores. Tillich, dá uma definição para o termo como uma forma de alienação, que resulta na perda do próprio eu, do mundo e de Deus.
            Elisabeth Moltmann-wendel, juntamente com pensadoras feministas, relata que a pretensão de ser igual a Deus, como soberba, seria um apensamento antes de tudo masculino.
            Enrique Dussel em um contexto latino-americano, diz que a origem do mal ou do pecado está em negar o outro. Em um modo de comportamento estável ou não.
            Realmente é muito difícil definir o enigma do mal, ou pecado, ou o ser humano pecador. A ciência, as experiências humanas, somente nos dá base para definirmos o hoje, o que ocorre diretamente conosco na atualidade, seria mesmo inviável discernir o pecado, pois o mesmo ato praticado, pensado ou falado pode ser considerado pecado pra uns e pra outros não. Pude perceber que as definições vão mudando de acordo com o tempo que o pesquisador vive e suas várias formas de religiões. Uma coisa sei! A Bíblia não muda, e nem mudará sua linguagem de acordo com tempo vivido, nós que buscamos relacionar a Bíblia com as atitudes de hoje, pois vivemos num mundo que se torna cada vez mais banalizado.
Sem. Liana Costa, Sistemática II

UM CRISTÃO NÃO VIVE PARA SI MESMO, E SIM PARA CRISTO E, PARA O SEU PRÓXIMO NO AMOR DE DEUS


ALÉM DA UTOPIA, HAROLDO SEGURA C.
 
P. Tillich escreve sobre o efeito da reforma: “expressou-se não somente na esfera religiosa, mas também na esfera pessoal, social, política e intelectual de toda civilização”.
O que dizer da Reforma de Lutero? Por que, para quê? Será que hoje em dia conseguimos identificar reformadores altamente capazes de liderar um confronto da grandiosidade que Lutero liderou? Creio que não! Posso perceber que antes de Lutero apareceram muitos escritores e pensadores com seus escritos e ideias contendo audácias sobre o tom místico da verdadeira espiritualidade cristã, inclusive Lutero se inspirou em muitos deles como Bernardo de Craraval, Tomás de Kempis... Mas o confronto com os dogmas que Lutero liderou, nenhum deles foi capaz de comandar.
Lutero em seu terceiro escrito que chamou: “Da Liberdade Cristã”, em 1520, cujo ano Martinho passou por grandes turbulências, mas não cedeu as pressões, pressionado por Leão X. A escrita que se refere à liberdade num sentido contrário da opressão eclesiástica vivida na época. Liberdade essa que é universal, interna, espiritual mediante a fé cristã. Lutero aponta em sua tese que a liberdade é a palavra chave para discernir o maior e mais revolucionário legado espiritual da reforma do século 16. É na palavra de Deus, que Martinho Lutero dá base para seus argumentos dizendo que nada está acima da palavra de Deus. E que a palavra nos dá tudo: satisfação, alimento, gozo, paz, luz, inteligência, justiça, sabedoria e liberdade.
Lutero fez a sua liderança baseado nos ensinamentos de Cristo. Essa liberdade escrita e representada por ele vem através das nossas boas obras, liberdade essa alcançada na ajuda os mais desafortunado, dando sustento a quem tem fome. Cristo nos mostra isso, Ele veio para todos, inclusive os marginalizados, e Sua obra não pode morrer jamais, Ele nos deixou um legado. A atitude do Cristo tem que continuar viva em nossa vida cristã. A liderança ideal é a que Jesus Cristo nos deixou: “Vê, Cristo, o príncipe supremo, veio e me serviu, não procurando seus próprios interesses, porém olhou para minha miséria e fez tudo para que eu tenha, graças a Ele, poder, bens e honra. E que eu faça o mesmo aos meus súditos servi-los com o meu ofício, protegê-los, escutá-los, defendê-los, governá-los para que eles tenham melhor proveito e não eu” (“Da doutrina secular: a obediência que lhe é devida, 1523”).
Uma liderança servidora, é que nós cristão devemos ser, estando sempre prontos a servir ao próximo, não para nosso próprio benefício, mais sim para que Cristo seja Glorificado. O Reino de Deus tem a necessidade de ter Lideres Servidores, que se baseiam nas escrituras sagradas para dar o seu melhor aos outros. Infelizmente muitos Líderes têm em mente que somente indo a Igreja, louvando, lendo a Bíblia... estão praticando o cristianismo, estão buscando a espiritualidade, essas práticas podem ser espiritualidade, mas não são somente espiritualidade. A práxi das boas obras trás uma espiritualidade ainda maior, levando-os mais além, mais adiante da prisão sem grades que é a Igreja. Que nós líderes cristão consigamos olhar para os excluídos da sociedade da mesma forma que Cristo olhou, com amor, paixão, gratidão, carinho, perdão...
A espiritualidade libertadora não muda somente de uma maneira teórica, mas também, com mudanças de atitudes na prática. Como a história de Zaqueu, o publicano, que havia juntado fortuna de forma desonesta. E ao encontrar-se com Jesus, devolve tudo que havia roubado. Isso é mudar na prática a direção, a atitude e o pensamento. Nos dias de hoje ao invés de uma liderança servidora nos deparamos com a sequidão espiritual nos ambientes eclesiásticos, que às vezes se manifesta na ausência de sentido, na improdutividade e individualismo, mas, que deve permanecer são cristãos que não sejam superficiais e religiosos. Mas que busquem intimidade com Deus capaz de produzir frutos e descubram Nele à força que transforma que dá sentido, dá razão e o repouso assegurado pela verdadeira realização da Liberdade Cristã.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Peter Berger, O Dossel Sagrado

Peter Berger,
O Dossel Sagrado.
Ms. Clemir Fernandes
Peter L. Berger foi professor de Sociologia e de Teologia na Universidade de Boston, onde também foi diretor do Institute on Cultere, um centro de pesquisas destinado ao estudo sistemático dos relacionamentos entre o desenvolvimento econômico e a mudança sociocultural em diversas partes do mundo. Sendo também um autor contemporâneo, com diversos livros sobre a sociologia da religião publicados no Brasil. Nascido em Viena no ano de 1929.
            Em sua obra, O Dossel Sagrado, Berger faz uma análise sobre a Sociologia da Religião baseando-se em três pensamentos de três autores importantes. Berger compartilha com Marx a convicção fundadora de seu pensamento: onde a sociedade é feita por homens que constroem um mundo humano, tal mundo é cultura entendida como totalidade de produtos. Já na semelhança com Durkhein e Weber , Berger quer trazer a religião para o mundo dos homens, como uma forma de realidade para se entenderem e se explicarem a si mesmos no mundo.
            No primeiro capítulo Berger relata muito uma sociedade com fenômenos dialéticos por ser nada mais um produto humano, que, no entanto retroage continuamente sobre o seu produtor. E esse processo dialético constitui em três momentos: exteriorização, objetivação e a interiorização. Sendo a exteriorização contínua efusão do ser humano sobre o mundo. A objetivação é a conquista por parte destes produtos em uma atividade física e mental. E por ultimo a interiorização sendo uma reaproximação de uma realidade por parte dos homens transformando-as de estruturas no mundo objetivo em estruturas da consciência subjetiva. O autor relata também nesse capitulo o mundo em que homem vive, sendo imperfeitamente programado pela sua própria construção, sendo modelado pela própria atividade do homem, caracterizado pro uma instabilidade congênita. É pois, a sociedade um produto do homem.
            Tosa sociedade que continua parada no tempo, tem a dificuldade de passar para as próximas gerações os seus sentidos objetivados. Sendo essa dificuldade atacada por processos pelos quais se ensina uma geração a viver de acordo com os programas institucionais da sociedade. A religião é a ousada tentativa de conceber o universo inteiro como humanamente significativo, diz Berger. (p.41)
            No segundo capítulo Berger relata a religião como uma forma de manutenção do mundo. E fala diretamente sobre o processo de legitimação que vêm a ser as respostas que o homem procura para comprovar a existência de determinadas idéias. A própria religião legitima as instituições. Nas civilizações da Àsia Oriental as legitimações mitológicas se transformam em categorias filosóficas e teológicas de alto nível de abstração. O grau de elaboração teórica das legitimações religiosas variará de acordo com múltiplos fatores históricos, mais ao mesmo tempo induziria e grave equivoco tomar em consideração apenas as legitimações mais sofisticadas. (p. 54)
             A religião serve para manter a realidade daquele mundo socialmente construído nas vidas cotidianas dos homens, mantendo a realidade socialmente definida, legitimando as situações as situações marginais em termos de uma realidade sagrada de âmbito universal, assim o ser humano se identifica com o mundo da sua sociedade.
            Berger relata também que a plausibilidade é um pré-requisito que pertencem a mundos religiosos inteiros como a legitimação destinada a mantê-los, podendo fazer mais uma diferenciação. A situação é agravada quando há uma mudança drástica de sistemas religiosos diferentes, e seus respectivos promotores institucionais entram em competição pluralística uns com os outros.
Para o indivíduo, existir no mundo religioso significa existir no contexto social particular no seio do qual aquele mundo pode manter a sua plausibilidade. (p.63) O poder as religião depende, em ultima instancia da credibilidade das bandeiras que coloca nas mãos dos homens quando estão diante da morte, ou mais exatamente, caminham, inevitavelmente, para ela.
O autor no terceiro capítulo retrata o problema de uma teodicéia, na sagrada ordem do cosmos sendo repetidas vezes, reafirmada através do caos, como uma forma de atitude masoquista. Os ritos de passagens humanas incluem sem duvida experiências felizes e infelizes, e é por isso que há um desenvolvimento de uma teodicéia implícita, partindo de uma teologia implícita de toda ordem social precede, naturalmente, quaisquer legitimações, religiosas ou não, servindo, contudo como indispensável abstrato para o qual mais tarde poderão ser construídos os edifícios de legitimação.
            Antes de tudo a teodicéia não provoca a felicidade e proporciona significado. A teodicéia através da transcendência de si mesmo surge reiteradas vezes no misticismo. Mais adiante o autor relatara os vários tipos de teodicéias em religiões diferentes, milenares ou não e até mesmo teodicéias bíblicas, fazendo um esboço sobre o livro de Jó sendo uma forma pura de masoquismo religioso.
            Os mundos que o homem constrói  estão permanentemente ameaçados pelas forças do caos e, finalmente pela realidade inevitável da morte. A teodicéia é uma tentativa de se fazer um pacto com a morte. (p.92)
            No quarto capítulo o autor escreve sobre religião e alienação, voltando a falar dos três pontos relatados anteriormente que foram: exteriorização, objetivação e interiorização. Partindo de três pontos importantes para a alienação que em primeiro lugar, cumpre acentuar que o mundo alienado, com todos os seus aspectos, é um fenômeno de consciência, mais especifica de falsa consciência. E em segundo como sendo um erro considerar a alienação como um desenvolvimento ulterior da consciência, uma forma de queda da graça. E em terceiro a alienação sendo um fenômeno completamente diferente da anomia, que causa de uma sertã forma uma confusão até hoje sobre esses conceitos por cientistas sociais americanos. Tal alienação pode ser um dos obstáculos mais eficientes contra a anomia.
            Uma vez estabelecida à falsa unidade do eu, e enquanto ela permanecer plausível, é provável que ela seja uma fonte de força interior. A identidade social como um todo pode então ser apreendida pelo indivíduo como algo sagrado, criado ou querido pelos deuses. Os significados projetados da atividade humana cristalizam-se num gigantesco e misterioso “outro mundo”, que paira sobre o mundo dos homens como uma realidade alheia. (p.107) O grande paradoxo da alienação religiosa é que o próprio processo de desumanização do mundo sóciocultural tem suas raízes no desejo fundamental de que a realidade como um todo possa ter um lugar significativo para o homem. E essa alienação tem sido uma preço pago pela consciência religiosa em sua busca de uma universo humanamente significativo.
            No quinto capitulo Berger fala sobre o processo de secularização, como um processo pelo qual setores da sociedade e da cultura são subtraídos à dominação das instituições e símbolos religiosos. Relatando, o autor, sobre a historia ocidental moderna onde a secularização manifesta-se na retirada das Igrejas cristãs de áreas que antes estavam em sue controle ou influencia como: a separação da Igreja e Estado..., já na questão dos símbolos pode-se afirmar que a secularização é mais do que um processo sociocultural, podendo ser vista como um fenômeno global das sociedades modernas, não sendo  sua distribuição uniforme.
            Nesse mesmo capítulo, mais adiante na página 124, o autor começa a relatar a diferença entre o protestantismo e o universo católico comparado a seu adversário. Onde o protestante já não mais vive em um mundo continuamente penetrado por forças sagradas e sim por uma divindade radicalmente transcendente. E essa radical transcendência de Deus defronta-se com um universo fechado para o sagrado.
            As raízes de secularização estão nas mais antigas fontes disponíveis de Israel, sustentando o “desencantamento do mundo”. De uma forma que tudo que ocorre aqui em baixo no plano humano corresponde u lá em cima no plano dos deuses, sendo uma continuidade entre o microcosmo humano e o macrocosmo divino, podendo é claro ser rompida por causa de faltas cometidas pelos homens.
            O A.T. postula um Deus que está fora do cosmos. Esse cosmos foi criado por Deus, e eles se defrontam mais não se permeiam. Esse Deus é radicalmente transcendente e não se identifica com nenhum fenômeno natural ou humano. Não sendo apenas o Criador, mais o Único Deus em existência, de qualquer forma o único que contava par Israel, como por exemplo o livro de Gn 1, a historia da criação que incorpora vários elementos cosmogônicos da mitologia mesopotâmica, cujo capítulo acaba com a criação do homem,  como uma ser distinta em alto grau de todas as outras criaturas. Encontramos um Deus transcendente e o homem com um universo inteiramente “demitologizado” entre eles. Berger fala na pág. 131 sobre os livros do A.T.,suas festa e acontecimentos, girando em torno da história de uma forma que nenhum outro grande livro religioso do mundo faz, inclusive o N.T..
            No capítulo VI, Berger falará sobre a secularização e o problema da plausibilidade, pode ser considerado também uma “crise de credibilidade” sendo uma das formas mais evidentes do efeito da secularização para o homem comum. Sendo uma ótima oportunidade para se mostrar em concreto a relação dialética entre a religião e sua infra-estrutura, que já havia sido desenvolvida teoricamente. O palco original da secularização, indicado anteriormente foi à área econômica, formados por pelos processos capitalistas e industriais. Agora o autor cita que por outro lado a secularização está se formando em áreas como o Estado e a família, nas páginas 142 e 143 Berger dá exemplos disso.
             A religião continuará a ter um potencial de realidade considerável, continuando a ser relevante em termos de motivos e auto-interpretações de pessoas nessa esfera da atividade social cotidiana. Por outro lado essa religiosidade limita-se a domínios específicos da vida social que podem ser efetivamente segregados dos setores secularizados da sociedade moderna, esses valores que dizem respeito à religiosidade privada, que são irrelevantes em contextos institucionais diferentes em esfera privada.
            Durante a maior parte da historia humana, os estabelecimentos religiosos existiram como monopólios na sociedade, monopólios de legitimação última de vida individual e coletiva. Berger cita a grande crise do hinduísmo na Índia, quando conquistada por estrangeiros que não podiam ser tratados da mesma maneira. E ainda assim, sobre o domínio de muçulmanos e cristãos, a sociedade hindu conseguiu, por um longo tempo, continuar a usar os métodos tradicionais e fechar-se sobre si mesma e evitar que a conquista se seguisse a desintegração interior. Somente com a modernização da Índia recentemente é que foi possível observar o surgimento de um genuíno pluralismo, expresso politicamente pela definição da Índia independente do Estado secular. No Ocidente ao contrario do hinduísmo, a cristandade empregou livremente a violência militar contra os infiéis, tanto externos quanto internos.
            Berger nos informa que hoje os grupos religiosos são competitivas agencias de mercado, se organizando de forma a conquistar uma população de consumidores em competição com outros grupos que tem o mesmo propósito, com a pressão de se obter resultados numa situação competitiva acarretando uma racionalização das estruturas sócio-religiosas. A seguir o autor fará um amplo comentário sobre esse mercado religioso e seus fregueses, dizendo que qualquer mudança drástica desse padrão de crescimento religioso levaria inevitavelmente a sérios distúrbios na economia de muitas denominações.
            No sétimo e último capítulo, Berger fala sobre a secularização e o problema da legitimação, e cita a “crise da teologia” na situação religiosa contemporânea baseando-se numa crise de plausibilidade que precede qualquer teoria. A medida que a secularização e o pluralismo são atualmente fenômenos de âmbito mundial, da mesma forma a crise da teologia adquire essa amplitude. Berger faz um comentário sobre a IGM e a IIGM, onde a IGM sendo um choque para o mundo e os horrores da IIGM, onde nas duas Guerras houve uma desintegração do pré-domínio do liberalismo protestante, e suas várias formas de ortodoxia.
            Não basta o que a religião possa ser, além disso, ela é um universo de significado construído pelo homem, e essa construção é feita por meios lingüísticos. Sendo assim a religião implica na busca pelo homem de um mundo que esteja relacionado com ele. A religião é um fator fundamental para compreender a sociologia, Durkheim diz que estudar religião é uma forma de se compreender o mundo. Todas as tradições religiosas têm sua escatologia, de final feliz.
 Marx nos informa que a religião é um fator de libertação, dizendo que: o mundo onde estou não me dá esperança, o que me dá esperança de uma nova vida é a religião. A religião proporciona o prazer, o bem estar. Marx diz que a religião faz critica da sociedade, mais ela estrutura o mundo, e também é resultado desse mundo.
            Berger nesse livro diz que outros grupos que regem a sociedade, é influenciado diretamente á partir de experiências religiosas, como: a família, os costumes, educação, trabalho, lazer, esportes, e o próprio Estado... um mundo estruturado pelo sagrado e profano, com regras em primeiro lugar, e o possível estabelecimento da Paz, da Ordem. Regras essas muitas vezes estabelecidas para os mais fracos. Onde as instituições foram criadas para aliviar o indivíduo de reinventar o mundo a cada dia e ter que se orientar dentro dele as instituições criam programas para a execução da interação social e para a realização de currículos de vida.

Resumo da obra de Peter Berger, O Dossel Sagrado. Prof. Clemir Fernandes. Curso de Bacharel em Teologia FATERJ 2011.1

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Creio em Deus Pai

                                                            ________________
                                                                                               Torres Queiruga Andrés

Autor relata Deus como “Pai” ou como idêntica razão “mãe”, sendo uma Plenitude Divina que transborda até o infinito os valores específicos por nós intuídos no melhor da maternidade e da paternidade. Descrevendo a paternidade-maternidade de Deus como símbolo supremo de sua relação com o homem. Trazendo para um lado de uma dialética de símbolos vemos a comparação de Deus como um autor e os homens como atores de uma grande história, uma grande drama, “o grande teatro do mundo”. Onde Deus e o ser humano procuram alcançar a perfeição, tendo o progresso do homem significado de acordo com a realização do plano de Deus. Podendo ser percebido um mundo como teatro, não como um cenário, distanciado e desinteressado, e sim a representação de sua obra onde o autor é também diretor, interessado e comprometido. O homem cumpre seu papel, e sabe que nele se realiza, sentindo também uma relação viva com o autor-diretor. Vemos na Bíblia que Deus não só supera a simples contemplação teatral da ação do homem no mundo, pelo fato de fomentá-la, dirigi-la ou protegê-la, sendo sua presença infinitamente mais íntima. A criação não pressupõe nada. Não se trata de um Deus que escreve o texto guia e dirige a obra de nossa vida e nossa história, mais de um Deus que nos dá a ação e a própria vida, que nos dá um mundo em que vivemos e nos entrega nossa próprio ser. Em um certo momento da  história a figura de Deus como Pai se perdeu, sendo somente recuperada mais tarde com os deuses do “panteão”, e sobre tudo no monoteísmo. Desde o segundo até o terceiro milênio a.c. Deus é invocado como pai. O autor faz uma análise onde esse símbolo paterno pode submergir-se em uma espécie de magma sentimental, difuso. O pai dá normas, serve de modelo, abre possibilidades e ao mesmo tempo como “gerador”, no calor de vivo e pessoal, a riqueza genuína do símbolo da criação: o filho. E Deus como mãe se apresenta espontaneamente, sendo evidenciada a riqueza transcendente do símbolo, que exige ser atualizado como “pai-mãe”. A experiência cristã de Deus como Pai no A.T., vem do medo reverencial de contaminar Iahweh com os cultos da fecundidade, por isso a paternidade de Deus vem sempre relacionada á um ato histórico: a saída do Egito. Logo após na p. 94/95 o autor relata texto comparando Deus a ternura de um pai e uma mãe. Deus como “Abbá” em Jesus, alcançando um símbolo de grandeza insuperável e rompendo todas as expectativas. Jesus como um núcleo mais íntimo e original de sua personalidade (Deus). Jesus nascendo da audácia da ternura e construindo o anuncio de um novo tempo: o do homem filial porque tem a segurança de que Deus, em sua profundeza mais abissal, e em sua interioridade mais entranhável, é um Deus paternal. Jesus como sendo a mais plena  revelação de Deus. Jesus entregou esse símbolo aos seus discípulos. Aparece claro na redação de Lucas, onde Jesus entrega o “Pai Nosso”, fazendo menção da palavra “Abbá”, sendo como o santo e a senha de sua mais profunda e original intimidade. Desse modo Deus fica definitivamente revelado como paternidade entranhável, com essa fonte de confiança e ternura que alimentava o ministério de Jesus e que se abre  mais adiante para todo homem. Na reflexão do N.T. a palavra “Abbá”, aplicada á Deus foi escolhida nas comunidades de língua aramaica e transmitida por via litúrgica, á todas as outras inclusive ás de língua grega. A última menção literal está no evangelho de Marcos (14/36): “ Abba, meu Pai, se for possível afasta de mim este cálice”, sendo pronunciado de uma forma de agonia no Getsêmani – remetendo uma profundidade tremenda e entranhável, sublime e humaníssima, de seu mistério filial. O autor cita mais duas menções literais, descritas no evangelho de Paulo na p.98 e na p.99 á p.101 há relatos de João e Pedro abrindo horizontes cheios de Luz e de esperança para a humanidade inteira. O confronto com a crítica freudiana, Freud explica que tudo isso se apresenta tão bonito e gratificante justamente por ser um produto segregado pelo homem com o objetivo de aplacar sua angústia ou satisfazer sua necessidade de consolo e proteção. De modo que na própria grandeza da idéia estaria não a confirmação, mais a refutação da oferta cristã. O Deus Pai e simplesmente o fantasma do homem menino que não se atreve a enfrentar a realidade, como fruto narcisista do desejo infantil de onipotência ou a projeção que aplaca o sentimento de culpa. Tendo a religião como uma neurose infantil da humanidade que impede o crescimento adulto do homem: negar-se a deus-pai significa crescer, curar-se e ter acesso a própria autonomia. Em seguida o autor dá várias respostas baseado na tradição, na psicologia religiosa e na antologia hermenêutica. E por fim o autor relata o Crer em Deus, Pai  de Jesus, relatando como melhor resposta a crítica freudiana, bem como qualquer crítica, está na própria realidade em que se fundamenta nossa convicção: a experiência de Jesus de Nazaré. É suficiente contenplar a vida de Jesus para compreender a definitiva impotência das objeções. A ternura do Pai são evidentes mais nada de infantil nesse homem, capaz de romper qualquer tabu e passar por cima de todo legalismo. Concluindo, acredito que precisamos avançar de acordo com a geração que virá, mais dentro dos limites da expressão humana, tomando cuidado com verdades definitivas sobre Deus. Não dá pra colocá-lo em uma caixa e dizer Deus está ali, porque ele não está somente ali. Nós como seres contingentes tentamos, mais nossa mente finita não conseguirá jamais definir a plenitude de Deus. Deus não somente como Pai ou Mãe, mais Filho, E.S., Majestoso, Glorioso, Pleno...
Sem. Liana Costa