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sexta-feira, 20 de julho de 2012

UM CRISTÃO NÃO VIVE PARA SI MESMO, E SIM PARA CRISTO E, PARA O SEU PRÓXIMO NO AMOR DE DEUS


ALÉM DA UTOPIA, HAROLDO SEGURA C.
 
P. Tillich escreve sobre o efeito da reforma: “expressou-se não somente na esfera religiosa, mas também na esfera pessoal, social, política e intelectual de toda civilização”.
O que dizer da Reforma de Lutero? Por que, para quê? Será que hoje em dia conseguimos identificar reformadores altamente capazes de liderar um confronto da grandiosidade que Lutero liderou? Creio que não! Posso perceber que antes de Lutero apareceram muitos escritores e pensadores com seus escritos e ideias contendo audácias sobre o tom místico da verdadeira espiritualidade cristã, inclusive Lutero se inspirou em muitos deles como Bernardo de Craraval, Tomás de Kempis... Mas o confronto com os dogmas que Lutero liderou, nenhum deles foi capaz de comandar.
Lutero em seu terceiro escrito que chamou: “Da Liberdade Cristã”, em 1520, cujo ano Martinho passou por grandes turbulências, mas não cedeu as pressões, pressionado por Leão X. A escrita que se refere à liberdade num sentido contrário da opressão eclesiástica vivida na época. Liberdade essa que é universal, interna, espiritual mediante a fé cristã. Lutero aponta em sua tese que a liberdade é a palavra chave para discernir o maior e mais revolucionário legado espiritual da reforma do século 16. É na palavra de Deus, que Martinho Lutero dá base para seus argumentos dizendo que nada está acima da palavra de Deus. E que a palavra nos dá tudo: satisfação, alimento, gozo, paz, luz, inteligência, justiça, sabedoria e liberdade.
Lutero fez a sua liderança baseado nos ensinamentos de Cristo. Essa liberdade escrita e representada por ele vem através das nossas boas obras, liberdade essa alcançada na ajuda os mais desafortunado, dando sustento a quem tem fome. Cristo nos mostra isso, Ele veio para todos, inclusive os marginalizados, e Sua obra não pode morrer jamais, Ele nos deixou um legado. A atitude do Cristo tem que continuar viva em nossa vida cristã. A liderança ideal é a que Jesus Cristo nos deixou: “Vê, Cristo, o príncipe supremo, veio e me serviu, não procurando seus próprios interesses, porém olhou para minha miséria e fez tudo para que eu tenha, graças a Ele, poder, bens e honra. E que eu faça o mesmo aos meus súditos servi-los com o meu ofício, protegê-los, escutá-los, defendê-los, governá-los para que eles tenham melhor proveito e não eu” (“Da doutrina secular: a obediência que lhe é devida, 1523”).
Uma liderança servidora, é que nós cristão devemos ser, estando sempre prontos a servir ao próximo, não para nosso próprio benefício, mais sim para que Cristo seja Glorificado. O Reino de Deus tem a necessidade de ter Lideres Servidores, que se baseiam nas escrituras sagradas para dar o seu melhor aos outros. Infelizmente muitos Líderes têm em mente que somente indo a Igreja, louvando, lendo a Bíblia... estão praticando o cristianismo, estão buscando a espiritualidade, essas práticas podem ser espiritualidade, mas não são somente espiritualidade. A práxi das boas obras trás uma espiritualidade ainda maior, levando-os mais além, mais adiante da prisão sem grades que é a Igreja. Que nós líderes cristão consigamos olhar para os excluídos da sociedade da mesma forma que Cristo olhou, com amor, paixão, gratidão, carinho, perdão...
A espiritualidade libertadora não muda somente de uma maneira teórica, mas também, com mudanças de atitudes na prática. Como a história de Zaqueu, o publicano, que havia juntado fortuna de forma desonesta. E ao encontrar-se com Jesus, devolve tudo que havia roubado. Isso é mudar na prática a direção, a atitude e o pensamento. Nos dias de hoje ao invés de uma liderança servidora nos deparamos com a sequidão espiritual nos ambientes eclesiásticos, que às vezes se manifesta na ausência de sentido, na improdutividade e individualismo, mas, que deve permanecer são cristãos que não sejam superficiais e religiosos. Mas que busquem intimidade com Deus capaz de produzir frutos e descubram Nele à força que transforma que dá sentido, dá razão e o repouso assegurado pela verdadeira realização da Liberdade Cristã.

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